terça-feira, 13 de agosto de 2013

Orgulho de ser fã do Lobão.



Lei Rouanet - Lobão tem Razão.
 
Faça parte do clubinho. Use camisas ridículas do tipo “100% Negro”. Acredite sem provas que nossa presidenta foi torturada. Minta para si mesmo, diga que entende o que o Caetano diz. Continue achando necessário que o Bolsonaro se cale. Curta páginas retrógradas do tipo “guarani-kaiowá”. Pense que micareta é cultura popular. Caxirola, que bacana! Apague cigarros de palha na sandália e grite: Sou socialista!

Continue com todos esses pensamentos, e enquanto isso a cantora Cláudia Leitte, recebe R$ 5,8 milhões para uma turnê de doze shows, tudo com o apoio da Lei Rouanet. Acredito que aprofundar no assunto referente ao incrível blog de R$ 1,3 milhão, oriundos da mesma lei, destinado a Maria Bethânia, não seja necessário. Afinal de contas, brasileiro tem memória curta, quando não se precisa ter.
Os questionamentos sobre a Lei Rouanet vieram à tona com maior evidência, após os argumentos do rockeiro Lobão, durante as entrevistas de divulgação do seu novo livro “Manifesto do Nada na Terra do Nunca”, lançado oficialmente no último dia 06/05.
Após um post realizado pelo Anticareta, através da rede social Facebook, tivemos um panorama da situação alarmante em que vivemos. Independente de opiniões, ressalto a importância de artistas que se opõem a maioria, quando possuem embasamentos e contribuem para a liberdade de expressão.

A postagem realizada por mim com os dizeres: “Muito legal essa matéria com Lobão! Destaco a opinião do rockeiro sobre a Lei Rouanet, o músico recusou com total coerência a quantia de R$ 2 milhões”, seguida do compartilhamento da matéria do portal GLOBO.COM: “Eu sou petulante, diz o cantor e escritor Lobão “, gerou um debate envolvendo ideais políticos e culturais. O segundo comentário no post, partiu de um defensor do movimento tropicalista, possivelmente acreditando que Lobão não estivesse atento a publicação o insultou, chamando-o de “idiota burguês”. Comentários em defesa do cantor e escritor também existiram, mas evidencio o fato de um professor da UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora, fazer a seguinte afirmação: “Lobão era mais inteligente quando usava drogas”. Por não ter o menor conhecimento do trabalho e muito menos da vida do artista, o então professor não sabia que João Luís Woerdenbag Filho era o próprio Lobão, sendo assim, quando se deu conta da estapafúrdia cometida, covardemente apagou seu comentário.
Nessas horas fico pensando em toda luta para passar no vestibular, entrar na faculdade e me formar com uma nota dada por um idiota deste naipe. O Rock me salvou, mesmo sem eu precisar e nem saber tocar uma guitarra. Sim! Guitarra elétrica, sem perninha cruzada imitando o João Gilberto.

Estes são alguns trechos dos comentários postados por Lobão, mostrando que atividade artística não se faz por cima do público, muito menos fingindo que lá de cima não enxerga nada:

“Lamento te informar, mas...receio que vocês perderam ...você começará a notar as coisas derretendo ao seu redor, somos nós que chegamos. Acostume-se com a alternância” (Primeiro comentário de Lobão)

“eu faço tudo isso e bem melhor que qualquer um deles. Quer comprovar? Procure saber!!!! São cadáveres insepultos, e sem a menor dignidade , te garanto” (Referindo-se aos tropicalistas)

“Resgataram Caetano, Gil, Rebeca da Matta, Preta Gil, Ivete Semgalo. Eu estou dentro da parada há 38 anos! Consegui a numeração de CD contra todos esses manés que se cagaram e fugiram! Por favor!” (exaltando seu trabalho no mercado independente, com o selo “Universo Paralelo”, vendido nas bancas de jornal, lançando discos e artistas de renome como as bandas Cachorro Grande, Vanguart, BNegão e os Seletores de Frequência, e até o consagrado Arnaldo Baptista.)

“Esses caras são um bando de cagões que não conseguem sequer olhar nos meus olhos, tudo rosca frouxa, rapá!” (após ser chamado de Playboy do Leblon)

“E eu dou força pra isso! Não pra medalhão ganhar milhões ...é isso que estou falando porra!!!!!” (Enfatizando os erros nos critérios da Lei Rouanet)

“mas é exatamente isso de que estou falando...eu mesmo consegui 2 milhões para fazer uma turnê...só que mandei uma carta toda documentada recusando” (explicando como recusou a verba oferecida pelo governo)

“Porra! Estou há horas com isso e você ainda não entendeu?” (mais uma tentativa de explicar a alguém que foi estuprado culturalmente)

“Sabe quanto é um show meu? Qual é, mané!

“Com o agravante que o meu é pelo menos mil vezes melhor” (Comparando seu trabalho ao universo Tropicália e MPB de nomes compostos)

“Eu quero mais é que a Tropicália se foda. Sei da força do meu trabalho e isso é que me importa.”

“Quem não conhece é você, vem aqui querer cagar goma pra cima de alguém que tem 38 anos de estrada. O que você faz da vida pra te dar essa moral?

“Você existe aonde? Me diga!! Quem literalmente é você para vir aqui cagar goma...QUEM?!!!!” (Insistindo no currículo do debatedor)

“Precisa sim, do jeito que você colocou a questão te obriga a ter a mínima autoridade no que diz. Seja homem e diga, qual é o teu trampo?”

“Você é um bunda mole, curioso, querendo dar palpite onde, nitidamente não tem o menor embasamento de porra nenhuma. E quer saber? Deu pra ti, chega!”

“Bunda mole de plantão....”

“A cota de bunda mole atingiu o seu limite....”

Encerro esta matéria com as palavras que deveriam ser ditas em horário nobre na televisão: “Quando eles são legais, são muito legais! Mas, em geral, o bundamolômetro está alto. Ou é o militante riponga, ou é o playboyzão que vai com a namorada com minissaia abajur de xoxota para o show do Luan Santana num puta carrão.”
 
 

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