terça-feira, 31 de março de 2009

O que há por trás da vitrina?



Na verdade o produto hoje vem na frente, assim é muito fácil esquecer o trabalho que existiu por trás do belo produto final.
O trabalho, suor e com certeza sofrimento daquele que não sairá bem na foto, aquele que não fala gracinhas na TV quando o belo produto brilhar no horário nobre.
Se engana quem acredita que o esquecimento citado é algo é algo novo, o que agravou o processo foi a Linha de Montagem, onde o produto ganhou destaque e quem é responsável foi colocado de lado, ou melhor, por trás da vitrina.
Mas que responsável?
Na verdade o operário já não exerce a função de responsável, pois com a produção em massa a qualificação foi deixada de lado, sendo possível até mesmo existir o "apertador de parafuso".
Nas colunas de jornais e no plin plin da mídia só aparece o produto final e o Senhor empregador.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Um Brasil de heróis anônimos.



Sobre a matéria que postei abaixo, fica a revolta em relação ao Governo que deveria cuidar mais de seus "filhos", mas também dos padrões que são jogados em nossa cara!
O Zé Merenda que é um herói de verdade, não se encontra fotos dele na rede, não se vê ninguém com camisas com o rosto dele estampado, ninguém grita o nome dele, possivelmente não estará no Faustão e muito menos numa novela!
Ah Brasil, isso me deixa muito triste, ver que realmente o que tem valor é a futilidade e o consumismo, agora além de dizer que dinheiro traz felicidade, vejo algo que diz que a mídia ficou burra, ainda mais burra do que sempre foi.
O Plin Plin está cada vez pior.
Sou do Brasil do Zé Merenda, homem simples que alimenta o físico e o espiritual, mas o que dá ibope só alimenta a futilidade e diarreia mental.

Zé Merenda, um verdadeiro herói que não tem foto na Internert e nem ninguém usando camisas com a foto dele! Um herói de verdade e não um BBB.


Para muitas das crianças será a única refeição do dia. “Eles só vêm para comer a merenda mesmo”, comenta a secretária da escola, Ana Cristina Andrade. “Terça-feira tem galinhada, quarta-feira, sopa de legumes e quinta-feira, canjica com coco”, anuncia a merendeira. Com as tigelas raspadas, a sensação é de que foi muito pouco. “Cada aluno tem direito a uma gramagem: 30 gramas ou 40 gramas, dependendo do que for servido”, afirma a professora Monique Gomes da Silva. O dinheiro vem contadinho do Ministério da Educação: R$ 0,22 por aluno por dia. A lei diz que o município tem de completar a verba federal. “Tem um valor lá que ela complementa, só que ainda não é suficiente para ficar uma coisa, assim, bem gostosa, uma merenda de maior qualidade”, reconhece Jaci Dias da Cunha, secretário de Educação de Cavalcante (GO), um dos municípios mais pobres do Brasil. O índice de analfabetismo de Cavalcante ainda é muito grande. “Ele está ainda em torno de 40%”, informa o secretário de Educação. Apesar disso, a prefeitura garante que 100% das crianças estão na escola por causa da merenda. Cavalcante, no nordeste de Goiás, fica a 320 quilômetros de Brasília e tem uma área maior do que a do Distrito Federal. Das 47 escolas municipais, 41 estão espalhadas pela zona rural de seu imenso território. A funcionária pública Maria Evangelha da Silva é a coordenadora da merenda escolar. Ela cuida pessoalmente de cada um dos sacos que vão abastecer as escolas rurais. “Tem arroz, feijão, açúcar e macarrão. Um saco dá, em média, para 20 dias. De 20 em 20 dias, a gente tem que estar levando”, diz a funcionária. A equipe da Secretaria de Educação segue para a região Kalunga, onde vivem os descendentes dos escravos fugidos de Goiás. Para percorrer 50 quilômetros, levam-se quase cinco horas. Já é noite quando não há mais estrada, e a caminhonete tem de entrar no cerrado. De um determinado ponto em diante, carro nenhum passa. O tropeiro José Pereira das Virgens já estava esperando a equipe de reportagem do Fantástico. É ele quem entrega a merenda para as crianças. “Faço isso tem uns cinco anos já. As crianças estão alegres. Elas querem ver a merenda chegar. Aí já me apelidaram de Zé Merenda”, comenta, rindo, o tropeiro. Nem bem amanhece e Zé Merenda já está acomodando os mantimentos nas bruacas de couro, ou então amarrando saco com saco no lombo dos burros. Zé sabe que as crianças aguardam a merenda com ansiedade. “Às vezes, eles saem em horas que não tem comida para eles, e quando chegam na escola estão com fome já. Chega o recreio, eles vão e pegam um lanchezinho e aí eles se sentem mais fortes. Não estando chovendo, não tendo cheia de rio, com três dias dá para fazer o trabalho. O tempo hoje está meio esquisito. Está perigando dar uma chuvinha mais tarde”, comenta o tropeiro. Foi só falar... Zé Merenda decide adiar a saída para esperar a chuva passar. “Eu já carreguei coisa molhada. Quando chega lá, tem trem que não presta mais”, lamenta. A chuva demora. Zé Merenda fica ansioso. “Fico preocupado. Eu fico pensando que atrasou e não chegou no dia certo”, conta. No primeiro estio, a tropa parte para a viagem, mas o rio está cheio e é preciso esperar. “Não passa”, diz. Uma hora depois, o rio baixou o suficiente para a tropa passar. A saga da merenda entra em sua etapa mais difícil. É um Brasil sem estradas, sem eletricidade, sem telefone e quase sem contato com o resto do país. A única ligação com o mundo é a tropa do Zé Merenda. É ela quem traz notícias, remédios, mercadorias e, claro, a merenda, o principal argumento para manter na escola as crianças da região mais pobre do estado de Goiás. Vão de Almas é um vale imenso nas bordas do Planalto Central. Trilhas estreitas abertas há séculos por escravos e bandeirantes são o caminho da tropa. As escolas ficam a até meio dia de distância uma da outra. Os próprios professores ajudam a descarregar. Tudo vai ficar mais fácil. Em uma escola, as aulas estavam suspensas desde o dia em que a merenda acabou. “Eu tenho 22 alunos. Desses, para falar a verdade, acho que quase todos eles saem de casa sem comer nada. Tem uns que caminham até uma hora e meia para chegar à escola. A fome dói”, conta a professora Marisa Silva. Marcelo da Cunha, de 12 anos, e Daniel da Cunha, de 11, cumprem o mesmo percurso todos os dias: uma hora de caminhada e uma travessia que coleciona histórias assustadoras. “Foi um dia aí que quase que uma prima de nós morreu aqui afogada. Saiu bem ali num pé de pau”, lembra Marcelo da Cunha, de 12 anos. Os meninos atravessam pinçando o leito pedregoso do rio. São idas e vindas o dia inteiro. “Quando chove demais, nós não vamos”, diz um grupo de meninas. As crianças tomam as precauções de rotina. “Eu boto o livro no plástico para não molhar. Já venho prevenido”, diz Daniel. A dificuldade de acesso é tamanha que muitas dessas crianças jamais saíram do Vão de Almas. No máximo, foram à estrada mais próxima. “Dizem que o povo, quando vê um carro, se assusta. Tem muitas pessoas aqui que ainda ficam assustadas”, comenta Zé Merenda. A professora Nira Pereira dos Santos tinha 12 anos quando viu um carro pela primeira vez. “Eu ficava pensando assim: ‘Mas como que a gente faz para entrar?’”, conta. Hoje, aos 22 anos, Nira se lembra da sensação inesquecível daquela primeira carona de automóvel. “Eu ficava olhando assim, como ia passando, aquelas matas ficando para trás”, diz. Mas a janela do mundo Nira só abriu quando aprendeu a ler. “Tinha um livro de Monteiro Lobato que era tão bom. Eu pegava porque ele contava tanto assim da vida das pessoas”, destaca. Então, Nira foi ser professora. Ela sai cedo todo dia e caminha uma hora no sol. Carregando a barriga de oito meses de gravidez, Nira atravessa o rio para chegar à choupana onde ela e outro professor tentam fazer funcionar uma escola. “Às vezes, chega a atrapalhar devido ao tom de voz, os alunos e tudo o mais. É muito próximo mesmo”, comenta o professor Reginaldo Silva. A escola tem carteiras sem assento, um quadro retalhado e o pior: hora do lanche sem lanche. “Eles chegam aqui sem tomar nada de café, não tomam leite. O aluno não tem como aprender”, afirma Nira. Mas hoje haverá uma surpresa do Zé Merenda. Ele esteve ontem no colégio. Hoje vai ter merenda. O arroz doce já está fumegando no fogão. “Nós estávamos meio perdidas dos preparos, mas agora já deu”, confessa a cozinheira. As mãos são bem lavadas numa bacia d’água. Crianças, afoitas, ficam amontoadas na janela da cozinha. A merenda volta a ser a garantia da frequência escolar em Vão de Almas. “Trazendo a merenda até eles, a gente sabe que eles vão ter uma aprendizagem melhor e um aproveitamento melhor”, acredita a funcionária pública Maria Evangelha da Silva. Nenhuma distância é demasiada, nenhuma dificuldade é grande o suficiente quando o Estado quer agir. “O Estado somos nós: sou eu, os professores, acho que são todos os funcionários que se responsabilizam e que arcam com suas funções. É cada um fazendo a sua parte para que isso aconteça”, define. Uma funcionária idealista, uma professora sonhadora, um tropeiro brincalhão. Ao amparar as crianças pobres dos grotões de Goiás, os professores de Cavalcante e a tropa do Zé Merenda estão redimindo o Brasil.
Fonte: Fantástico.

segunda-feira, 23 de março de 2009

O Instrutor de Auto-Escola.


Ele é considerado um profissional da paciência. Muitas vezes mal visto, o instrutor de auto-escola tem uma vida sacrificada. E quem pensa que, para ingressar na profissão é só ter a carteira de habilitação em mãos, está equivocado. O candidato precisa fazer um curso autorizado pelo Denatran, ser maior de 21 anos, ter 2º grau completo (instrutor teórico e prático), e, no mínimo, dois anos de carteira de habilitação. Para dar aulas, tanto práticas quanto teóricas, é preciso um certificado e, portanto, estudar tudo de novo. Além disso, é necessário gostar de lidar com todo o tipo de público, ter facilidade em ensinar e paciência. O instrutor de auto-escola lida com a falta de aptidão de alguns alunos para a direção, o que aumenta a sua responsabilidade, e ainda precisa conviver com a falta de civilidade de outros motoristas – muitos se esquecem que um dia foram alunos e não poupam quem está na rua ensinando a dirigir. É um festival de ofensas, fechadas e outras agressões que não podem abalar o instrutor para que ele consiga passar ao aluno a serenidade que se espera de um motorista. Mesmo com tantos problemas, para esse profissional, é sempre um momento de realização ver o aluno, que chegou às suas mãos sem saber nada, sair com a carteira de habilitação depois de ser aprovado nas provas teórica e prática. No mercado de trabalho, o instrutor de aulas práticas tem duas opções: usar o veículo da auto-escola ou o próprio, desde que este atenda às normas do Código de Trânsito Brasileiro, como a pintura. No caso de aulas com o automóvel da empresa, o instrutor recebe 25% do valor de cada aula. Por exemplo, se ela custar R$ 20, o instrutor vai receber R$ 5. O que usa o próprio carro, chamado de agregado, paga os 25% para a auto-escola. Entretanto, o profissional que forma motoristas tem dificuldades para dirigir sua própria vida. Os salários são baixos e muitos só recebem quando têm alunos. Como não existe regulamentação da profissão na maioria das cidades, o instrutor não recebe benefícios comuns a outras profissões. A categoria gostaria de ter um plano de carreira e salário, atualização no valor do tíquete, pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e cesta básica. Em algumas cidades paulistas, os instrutores até fizeram greve para exigir a criação de um PLR. Os trabalhadores gostariam de garantir uma carga horária de 220 horas por mês para evitar o excesso de trabalho e salários maiores para os que atuam há mais tempo na profissão. É um preço que eles consideram justo por uma missão de tanta importância para o desenvolvimento das cidades.
Fonte: Folha Universal.

sábado, 21 de março de 2009

Legião na veia e nos pés.




Em 2001 nasceu em Brasília o Legião Futebol Clube a fim de dar oportunidades a crianças e jovens de baixa renda do Distrito Federal. Desde o início o clube se destaca pelos bons resultados nos campeonatos Mirim, Juvenil e Infantil. Além disso, o clube impressiona pela sua transparência fiscal, ética, e visibilidade, tendo em vista que se trata de clube empresa que diz respeito a todos os torcedores.No entanto, a grande jogada de marketing é a inspiração do clube – o cantor brasiliense Renato Russo e sua banda Legião Urbana. A mãe do ídolo é madrinha do clube. Durante o jogo são tocadas as músicas da legião Urbana para animar a torcida. E que torcida, a mais elegante de Brasília, com boleto de entrada anual, cadeira numerada e personalizada, manobristas no estádio, pipoca de graça, som ambiente, limpeza nos banheiros. O estádio de mando em campo é o Mané Garrincha no centro da Capital. Os jogos do Legião seguem o verdadeiro conceito de futebol de entretenimento.


Quanto ao desempenho do time em campo, o clube vem se destacando desde a sua fundação nesse segmento. Em 2007 o Legião foi vice-campeão de segunda divisão do DF e subiu para a primeira. Esse ano, os jogadores nos seus informes laranjas estão se superando no Campeonato Candango, atualmente em segundo lugar da tabela, atrás apenas do Brasiliense. Já produziu uma estrela, o Alison, que está jogando agora no Sporting Lisboa de Portugal.
Tomara que mais clubes brasileiros seguem o modelo do Legião Futebol Clube e juntam transparência na administração, visibilidade fiscal, animação organizada com futebol profissional de categoria. Um bom exemplo que é possível de jogar futebol bonito, inclusão social, alegria e emoção, sem as falcatruas e negociatas dos donos intransigentes. No Legião, o próprio torcedor/sócio está no comando e não permite tal comportamento. Assim o futebol volta a ser o que deve ser – paixão.“The Culture of Football”. O marketing esportivo de exemplo.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Sílvio Santos vem aí...



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Sílvio Santos, pseudônimo de Senor Abravanel, (Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1930) é um apresentador de televisão e empresário brasileiro, dono do Grupo Sílvio Santos (que inclui inúmeros negócios como o Baú da Felicidade e o Banco Panamericano) e do Sistema Brasileiro de Televisão. Como apresentador do duradouro Programa Sílvio Santos, um dos programas mais antigos da televisão brasileira, tornou-se uma das mais consagradas e queridas celebridades da televisão no Brasil.
Infância e juventude
Senor Abravanel nasceu em 12 de dezembro de 1930 no bairro carioca da
Lapa, filho de pais judeus chamados Alberto Abravanel (nascido na Grécia) e Rebeca Abravanel (nascida na Turquia).
Aos quatorze anos, observando um
camelô da cidade do Rio de Janeiro chamado "Seu Augusto", Sílvio começou a vender capas de plástico para título de eleitor e, logo depois, canetas-tinteiro. Seu sucesso nas vendas fora atribuído à sua capacidade de mesclar números de mágica e diversões com vendas, que ele fazia no horário de almoço do guarda em serviço na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua do Ouvidor. Para tanto, Sílvio Santos contava com a ajuda de seu irmão Leon, que espreitava o guarda, avisando seu irmão quando esse estava a caminho. Em uma dessas ocasiões, entretanto, o guarda apreendeu as mercadorias de Sílvio, mas reconheceu seu talento no trato com as pessoas e sua ótima voz: lhe deu um cartão para uma entrevista na Rádio Continental, que possuía estúdios na cidade de Niterói
Durante o trabalho na rádio, produtores acharam o seu nome, Senor Abravanel, um tanto complicado para o grande público. Por um tempo, Senor utilizou o nome artístico Sílvio Abravanel, até chegar ao consagrado Sílvio Santos.
Todos os dias, Sílvio voltava da rádio na última
barca da noite. Nesta viagem ele sentia falta de algo para entreter os passageiros durante a viagem; foi quando teve a idéia de montar na barca um serviço de rádio. Para tanto, pediu a colaboração de diversos comerciantes do centro da cidade do Rio de Janeiro que, em troca da doação da aparelhagem de rádio, tinham o direito de anunciar gratuitamente nas barcas.
Daí, Sílvio passou a vender os anúncios para o serviço nas barcas. Isto despertou em Sílvio a vocação de empresário. Sílvio costumava passar os domingos com os amigos na
Ilha de Paquetá. A viagem durava quase duas horas, os passageiros sentiam sede, e a água que abastecia os bebedouros da embarcação não era suficiente para suprir a demanda. Sílvio teve a idéia de montar um bar na barca para a venda de refrigerantes e cerveja e, ainda, começou a organizar um bingo dentro da barca. O negócio deu tão certo que Sílvio passou a ser um dos maiores vendedores de uma grande cervejaria de São Paulo, e foi convidado a visitar a fábrica. Assim começou a história de Sílvio Santos na capital paulista.

A carreira em São Paulo
Em São Paulo, Sílvio começou a trabalhar em
circos, apresentando espetáculos e sorteios em caravanas de artistas. Como Sílvio Santos tinha um tom de pele muito claro, ficava vermelho com facilidade; por falar bastante, começou a ser apelidado "peru falante". As caravanas do Peru falante ficaram conhecidas na capital de São Paulo, em cidades do interior e em outros estados.

O apresentador e empresário de televisão
Logo passou à televisão, adaptando o formato dos shows, espetáculos e sorteios que fazia no circo. Seu primeiro programa, Vamos Brincar de Forca, estreou em
1962 e era transmitido pela TV Paulista, à noite. Um grande sucesso. Em 1964, passou a comandar seu programa aos domingos, das 12 às 14h. No decorrer dos anos, o formato seria expandido e aprimorado no Programa Sílvio Santos.
Paralelamente, Sílvio partiu para novos empreendimentos: adquiriu de seu amigo
Manuel da Nóbrega o Baú da Felicidade, empresa que vendia baús de presentes de Natal para crianças mediante pagamento em prestações. Depois de reformas no plano de negócios, a empresa ficou conhecida pela venda de carnês e sorteios.
Quando a TV Paulista foi incorporada à
Rede Globo, Sílvio seguiu pagando aluguel pelo seu horário dominical, revendendo o tempo dos anúncios a outras empresas. Na medida que aumentava o sucesso do Programa Sílvio Santos, Sílvio tinha ótimos resultados financeiros. Realizava sorteios de carros, móveis e eletrodomésticos, o que motivou a expansão dos negócios do grupo (Móveis Tamakavy, concessionária de veículos Vimave).
Porém, no início dos
anos 70, Boni e Walter Clark, diretores da Rede Globo, promoveram reformas no padrão de qualidade da emissora, investindo em filmes, esporte, jornalismo e novelas. Para os executivos, o programa de Sílvio Santos destoava da grade de programação.
O apresentador quase saiu da emissora em
1972, mas o próprio Roberto Marinho o convenceu a ficar, renovando contrato por mais quatro anos. Por este contrato, Sílvio não poderia ser acionista ou dono de nenhuma outra emissora de televisão, o que motivou sua saída da Globo.
Dessa forma, a partir de
1976, Sílvio começou a comprar horários na Rede Tupi, assegurando a transmissão nacional de seu programa, ao mesmo tempo que lutava politicamente para obter seus próprios canais de televisão

A criação da TVS e a formação do SBT
No dia
22 de outubro de 1975, o presidente Ernesto Geisel assinou o decreto 76.488, outorgando a Sílvio Santos o canal 11 do Rio de Janeiro. Sílvio passou a transmitir seus programas simultaneamente na Tupi e na TVS (TV Studios).
Depois da falência da Rede Tupi, em
1980, o Programa Sílvio Santos em São Paulo foi transferido para a Rede Record. Durante os anos 80 Sílvio chegou a ser dono de 50% da emissora do empresário Paulo Machado de Carvalho. Todavia, Sílvio planejava ter uma rede nacional de televisão, produzir uma programação completa e usar o canal para seus sorteios e promoções.
Em
1981, através de um lobby com a primeira-dama Dulce Figueiredo, com quem tinha longas conversas por telefone, Sílvio Santos obteve a licença para operar o canal 4 de São Paulo, que se tornou a TVS da capital paulista. A partir das emissoras do Rio e de São Paulo, surgiu o embrião do SBT. A rede se expandiu rapidamente através de afiliações, mas o Programa Sílvio Santos continuava sendo transmitido simultaneamente pela Record, especialmente para alcançar o interior de São Paulo. A marca SBT passou a ser usada em toda a rede em fins dos anos 80.
Doença nas cordas vocais
Em
1987, Sílvio teve problemas com a voz, ficando praticamente afônico por alguns dias. Teve suspeita de câncer na garganta, não divulgada ou confirmada. Sílvio chegou a interromper um de seus programas para transmitir depoimentos emocionados e lembranças da sua carreira, incluindo particularidades sobre suas relações com o pessoal do Exército (na juventude, Sílvio servira como paraquedista). Sílvio teve que fazer um tratamento no exterior e ficou algumas semanas sem gravar os seus programas dominicais, causando preocupação de seus fãs quanto ao seu real estado de saúde. Mais tarde, Orestes Quércia, governador de São Paulo, gravou longo depoimento congratulando Sílvio Santos pelo retorno, salientando a ausência sentida por todos os telespectadores.
Sílvio não voltaria a ter problemas sérios com a voz, mas temeu por seu próprio futuro como apresentador. Em 1988, Sílvio assegurou a permanência de
Gugu Liberato no SBT, cobrindo uma proposta da Globo. Gugu passou a apresentar alguns quadros do Programa Sílvio Santos e sua participação cresceu expressivamente nos anos 90, com o sucesso do Domingo Legal. Outros quadros passaram a ser comandados por Celso Portiolli e por outros apresentadores.
Candidaturas políticas

Sílvio Santos no Teatro Abril em São Paulo
Também em
1988 Sílvio Santos propôs sua candidatura a prefeito de São Paulo. Considerando seus recentes problemas de saúde, Sílvio anunciou sua intenção como forma de retribuir à sociedade todas as suas conquistas como apresentador e homem de negócios. O anúncio foi feito durante um dos quadros do Programa Sílvio Santos; o episódio foi amplamente repercutido pela imprensa. A candidatura, contudo, não se concretizou.
Em
novembro de 1989, com a campanha eleitoral para a presidência da República já em andamento, tentou ser candidato a presidente pelo pequeno Partido Municipalista Brasileiro, no lugar do candidato do partido, o pastor evangélico Armando Corrêa. Também se cogitou a renúncia do candidato Aureliano Chaves, do PFL, um partido maior e mais poderoso, para que Sílvio o substituísse. Sílvio chegou a fazer algumas gravações para a propaganda eleitoral, pedindo votos para o número 26, do PMB, com insistência, pois não haveria tempo para mudar o nome impresso nas cédulas de votação. A alguns dias da eleição, Sílvio Santos teve seu registro de candidatura impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral, por irregularidades no registro do PMB. Sílvio filiou-se ao PFL e ensaiou participar de outras eleições, mas as brigas entre grupos políticos e os acordos e negociações inerentes à política fizeram Sílvio continuar cuidando exclusivamente de seus negócios.
A venda da Record
Em
1990, Sílvio Santos e Paulo Machado de Carvalho vendem a Rede Record para Edir Macedo. Neste momento, Sílvio já tem o SBT consolidado nacionalmente, o que tornava desnecessária a retransmissão do Programa Sílvio Santos pela Record. Segundo se conta, Sílvio não queria vender a sua parte da Record, mas foi convencido a isto depois de uma conversa telefônica com o presidente Fernando Collor de Mello[carece de fontes?]. Contudo, o canal 9 do Rio de Janeiro, antiga Record, continua sob seu comando com o nome de TV Corcovado até ser vendido para o Grupo Martinez.
A própria Record, especialmente de
2005 em diante, se tornou uma feroz concorrente do SBT. Controlando a programação com mão de ferro, Sílvio Santos costuma promover reformas-surpresa na grade do SBT, trocando horários, introduzindo e cancelando atrações de forma surpreendente até para os funcionários da emissora.
O Programa Sílvio Santos, ao longo dos anos, tornou-se um agrupamento de vários programas de auditório e quadros, somando quase cem atrações diferentes.
Os programas sempre tiveram a participação do auditório, cujas participantes são chamadas de "colegas de trabalho". O auditório é considerado por Sílvio "o mais feminino do Brasil", pois nos primeiros anos do programa a entrada de homens na platéia não era permitida. Sílvio acreditava que os namorados das "colegas de trabalho" poderiam ficar com ciúmes de cantores e artistas homens admirados pelas namoradas. Com o tempo, este costume foi sendo ligeiramente relaxado, principalmente nos programas envolvendo sorteios e perguntas e respostas.
Além de transformar Sílvio Santos em um dos grandes ícones da TV, o Programa Sílvio Santos deu destaque ao locutor
Lombardi, cujo rosto nunca era visto mas hoje com a popularização da Internet é facilmente encontrada , ao produtor Roque e a outros membros da equipe.
Atividades paralelas: cantor, radialista e locutor
Durante muitos anos Sílvio Santos gravou
marchinhas carnavalescas. Fez muito sucesso com Coração corintiano, cuja letra fazia referência a cirurgia de transplante de coração, técnica utilizada no Brasil pelo pioneiro Dr. Zerbini. Outra marchinha que fez sucesso foi "A pipa do vovô não sobe mais", alardeando a impotência sexual masculina. Essas marchinhas depois foram reprisadas ao longo dos anos no SBT, durante o Carnaval.
Sílvio Santos foi radialista da sua mocidade até a década de 1980, abandonando paulatinamente esta carreira em função da profissão de apresentador.
Na década de 1970 atuou também como locutor: Sílvio gravou várias coletâneas de disquinhos de histórias infantis. Mais tarde os discos foram relançados em CD, com bastante sucesso.
Ações sociais
Ao longo dos anos, o Programa Sílvio Santos e a programação da TVS e do SBT acumularam uma reputação de popularescos e alienantes, situação agravada pelo fato de Sílvio ter conquistado suas concessões de televisão durante a
ditadura militar e transmitir desde o governo Figueiredo o oficialista A Semana do Presidente. A partir de 1988, Sílvio Santos revelou preocupação com os rumos do Brasil e pôs em prática várias ações para incluir conteúdo socialmente edificante na programação do SBT. A manobra surpreendeu alguns críticos e intelectuais.
No início dos anos 90, Sílvio tentou convencer as outras emissoras a transmitir telejornais de no mínimo trinta minutos no horário noturno, todos no mesmo horário, para incentivar o brasileiro a assistir a notícias, refletir e se informar melhor, mesmo que fosse por um período curto. Tal iniciativa não encontrou apoio da maioria das emissoras e Sílvio Santos logo abandonou a proposta.
Desde os
anos 90 Sílvio tem estimulado o Teleton, programa de televisão de 24 horas, transmitido uma vez por ano, para arrecadar fundos para a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). O SBT cede gratuitamente seus artistas, empregados e recursos materiais para o projeto. Sílvio também produziu um Show do Milhão especial com políticos, no qual os prêmios seriam destinados a instituições de caridade.
Homenagem no Carnaval
Sílvio Santos foi homenageado em fevereiro de 2001 pela
escola de samba carioca GRES Tradição através do enredo "Hoje É Domingo, É Alegria. Vamos Sorrir e Cantar!", de Lourenço e Adalto Magalha. Sílvio Santos desfilou como destaque num carro alegórico num traje todo prateado. A Rede Globo, maior concorrente do SBT, teve de transmitir todo o desfile ao vivo. Outros artistas do SBT participaram do desfile.
O seqüestro
Em 21 de agosto de 2001, a filha de Sílvio Santos,
Patrícia Abravanel, foi seqüestrada na porta da própria casa, no Jardim Morumbi, em São Paulo. Depois de alguns dias de negociação, o resgate foi pago e Patrícia foi libertada. O seqüestrador Fernando Dutra Pinto acabou sendo perseguido pela polícia e matou a tiros dois policiais. Sem ter para onde ir, acabou invadindo a casa de Sílvio Santos no dia 30 de agosto; o apresentador estava na sala de ginástica fazendo exercícios. O seqüestrador manteve Sílvio e toda sua família como reféns. Sílvio convenceu o seqüestrador a libertar rapidamente as outras pessoas da família e seguiu em cativeiro em sua própria casa durante sete horas. Fernando só se entregou com a chegada do governador Geraldo Alckmin, que garantiu a integridade do criminoso. Alguns meses depois de preso, no dia 2 de janeiro, Fernando morreu em conseqüência de uma infecção generalizada causada por um corte profundo nas costas. Há indícios de que a morte do detento tenha sido causada por maus tratos e negligência médica.
O caso mudou a rotina de Sílvio Santos, que por sua própria popularidade pensava que dificilmente seria seqüestrado.
O Grupo Sílvio Santos
O Grupo Sílvio Santos é formado por 34 empresas, com cerca de vinte mil funcionários, incluindo o Baú da Felicidade, a rede de lojas do Baú, a Liderança Capitalização (que opera a Tele-Sena), o Hotel Jequitimar e empreendimentos agropecuários, O Banco Panamericano recebeu propostas de compra em 2004 e 2005 por grupos financeiros do Brasil e do exterior, mas Sílvio Santos não abriu mão do negócio.
Apesar de tido como um "comprador nato", Sílvio se desfez de algumas empresas nos anos 80: o CLAM (Clube de Assistência Médica), o plano de aposentadoria privada Aposentec e as lojas de móveis Tamakavy. Sobre o CLAM, Sílvio reiterou ser muito difícil administrar uma empresa de saúde e que se sentiria indiretamente responsável por falhas que provocassem morte ou graves danos.
Rumores de venda do SBT
Em
julho de 2003, enquanto estava em férias na cidade de Orlando, Flórida, Sílvio Santos concedeu uma entrevista à revista Contigo! revelando que tinha uma doença terminal e que restavam-lhe apenas seis anos de vida. Por isso, Sílvio havia vendido o SBT para um consórcio formado por Boni e pela rede mexicana Televisa.
Alguns dias mais tarde, Sílvio desmentiu suas declarações nos programas
Boa Noite, Brasil, apresentado por Gilberto Barros na Rede Bandeirantes, e no Domingo Legal. Disse que respondeu à entrevista em tom de brincadeira diante da insistência do repórter, e que acreditava que a revista notaria sua intenção. No entanto, Contigo! decidiu publicar a matéria transcrevendo ipsis litteris as declarações de Sílvio Santos, ao mesmo tempo que punha em dúvida as declarações do entrevistado. Sílvio dizia, por exemplo, que estava se locomovendo em cadeira de rodas. A revista mostrou fotos do período que mostram o empresário andando normalmente.

Família e sucessão
Sílvio foi casado com Cidinha, que
morreu de câncer na década de 1970, com quem teve duas filhas: Cíntia e Sílvia. Desde então, Sílvio vive com Íris, esposa de seu segundo casamento, realizado no final da década de 1970 e suas filhas deste casamento: Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata.
Íris Abravanel (nascida em
1949) é uma empresária brasileira, dona da empresa Sister's in Law. Sílvio tem tido uma relação tumultuada nos últimos anos com a esposa e as filhas, que se tornaram protestantes. Sílvio, de origem judaica, chegou a se separar por breves períodos, quando morou em uma casa que tem nas proximidades do Ibirapuera.
Em 2006, durante as comemorações dos 25 anos do SBT, Sílvio afirmou oficialmente estar preparando sua filha
Patrícia Abravanel para sucedê-lo nos negócios da família.
Em 2008 , Daniela Beiruty assume o comando da emissora.

Até embaixo da terra.


Durante algumas horas, a cidade americana de Tulsa virou o centro das atenções de uma legião de interessados que provavelmente jamais havia ouvido falar nela. Quem pôde viajou para lá. Quem não pôde acompanhou pela internet ou viu pela TV a exumação de um Plymouth Belvedere, exatos 50 anos após ser enterrado em uma cápsula do tempo, em 15 de junho de 1957. Meio século depois, sem ter testemunhado como o mundo e os carros mudaram nessas cinco décadas, o cupê rabo-de-peixe voltou à superfície com marcas evidentes dos anos vividos embaixo da terra.
Os organizadores do enterro diziam que a câmara de concreto onde puseram o Belvedere podia resistir "a um ataque nuclear", ameaça tão presente na vida dos americanos de 1957 quanto o aquecimento global no século 21. Mas não contavam com um inimigo menos assustador: as infiltrações. Dois dias antes da exumação, os promotores do evento deste ano levantaram a tampa da câmara e... mais de 1 metro de água ao redor do carro! Mesmo assim, a programação foi mantida. Ao meio-dia do dia 15, uma sextafeira, uma grua retirou o carro do túmulo.
Em 1957, cerca de 200 pessoas viram o enterro. Em 2007, milhares de espectadores e dezenas de jornalistas presenciaram a exumação e aguardaram a hora que a capa que cobria o veículo seria retirada. Às 19h, em uma arena para mais de 7000 pessoas, descobriu- se o resultado da ação do tempo e da água: a ferrugem havia tomado conta do Belvedere.
"Foi uma decepção. Não vou negar que fiquei triste", diz James Bankston, 68 anos, que viu o enterro e a exumação do carro ao lado do melhor amigo, Paul Turney. Naquele sábado quente de 1957, os dois estudantes nem sabiam que um Belvedere seria enterrado. Eles estavam a caminho do cinema quando viram a movimentação em torno do cupê. Chegaram perto da roda direita traseira e escreveram seus nomes na faixa branca do pneu. "Não está legível, mas a marca ainda está lá", afirma James.
O emblema do Belvedere também está lá, preso ao rabo-de-peixe enferrujado. Sob o capô, é possível ver a bateria conectada ao que sobrou do motor V8 de 4,9 litros. Se ainda funcionasse, ele seria acionado pelo restaurador californiano Boyd Coddington, um especialista em hot-rods e apresentador de um programa de TV a cabo.
A equipe de Boyd recuperou parte do cromado do pára-choque dianteiro, mas foi só. A corrosão destruiu a suspensão traseira. Dentro do carro, restaram o volante e as molas dos bancos. Todo o resto, inclusive os objetos da bolsa de uma mulher guardados no porta-luvas, se perdeu.
O cilindro de metal deixado ao lado do carro conseguiu preservar itens como uma bandeira americana com 46 estrelas (hoje são 50), documentos de 1957 e outros produtos da época. No portamalas, salvaram-se algumas latas de cerveja e cinco galões de gasolina. Os moradores de Tulsa pensavam que esse combustível estaria obsoleto em 2007 - previsão que hoje soa quase como alerta.
Roubando a cenaEnterrar um carro foi a forma que Tulsa encontrou para celebrar os 50 anos do estado de Oklahoma e chamar mais atenção que a capital, Oklahoma City, onde estariam o presidente americano, Dwight Eisenhower, e artistas de Hollywood. A estratégia funcionou. Fotografias do enterro foram publicadas em revistas como a semanal Life e voltaram a ilustrar reportagens 50 anos depois, no mundo todo. "Pessoas de vários países vieram ver o carro e conhecer a cidade", diz Debbie Dover, fotografada entre mais duas meninas sobre o capô do automóvel.
Mesmo enferrujado, o Belvedere foi a atração de uma feira de carros antigos no fim de semana após a exumação, ao lado de clássicos como o Chevrolet Bel Air 1957 conversível de Gene McDaniel. Vendo o enterro do banco traseiro desse carro, tudo o que Gene pensava é se estaria vivo meio século depois. Em 2007, aos 70 anos, ele voltou ao local com o Bel Air, o filho Troy e o neto Stuart, jovem de 18 anos responsável pelo website oficial do Belvedere (
http://www.blogger.com/'http://www.buriedcar.com).
Agora que sabem o que aconteceu com o Belvedere, Stuart e os 382457 habitantes de Tulsa temem por seu futuro. Em 1957, os organizadores fizeram um concurso: quem adivinhasse a população da cidade em 2007 ganharia o Belvedere e uma poupança de 100 dólares (mais de 700 dólares hoje). O palpite vencedor foi dado por Raymond E. Humbertson, um militar que estava de passagem por Tulsa e morreu em 1979 sem deixar filhos.
Seus parentes mais próximos são duas irmãs, Catherine Johnson, 93 anos, e Levada Carney, 87, que vivem no estado de Maryland. "Recebemos algumas ofertas pelo carro, mas nada está decidido. Ele pode inclusive ficar em Tulsa", afirma Robert Carney, sobrinho do vencedor, que diz ter recebido propostas de interessados em restaurar o carro. "Mais frustrante que ver o Belvedere enferrujado seria vê-lo deixar Tulsa ou ser leiloado no eBay", diz Stuart.

Família Plymouth


A primeira geração do Fury surgiu em 1956. Em 1957 chegava a segunda, que em 58 receberia poucas mudanças estéticas. Além dele, a Plymouth oferecia outros modelos que eram praticamente seus clones: o Belvedere, o Savoy, o Plaza e aquele com maior diferença de carroceria, o station wagon Suburban. O Fury se diferenciava de seus "irmãos gêmeos" principalmente pela cor (somente Buckskin Beige (creme) com frisos e grade frontal dourados em 1958), e é claro, pelo motor mais "furioso" (de série). O carro ficou bastante famoso após 1983 com o filme "Christine", baseado no livro do mestre do terror literário Stephen King. Mas o que a maioria das pessoas não sabe é que o carro era na verdade um Belvedere, não um Fury, pela simples razão que não existiam Furys de outra cor que não creme. Por influência do filme, o modelo de 1958 (que teve fabricação limitada a 5303 unidades) ganhou projeção e se tornou um dos carros mais procurados por colecionadores.
A Plymouth queria oferecer um carro com um toque de esportividade, seguindo os passos do famoso Chevrolet Corvette e do Ford Thunderbird. Assim surgiu esse modelo. Apesar de ser um carro pesado e de dimensões maiores que aqueles, sua motorização inicial não deixava a dever. Os 240 cavalos mostravam que o nome do carro não era brincadeira. Os concorrentes tinham 225 cavalos. Mas a grande novidade veio em 1958: nesse ano o comprador podia escolher entre o motor standard de 290hp e 318 polegadas cúbicas Dual Fury V-800, ou o opcional V8 Golden Commando, com 305hp e 350 polegadas cúbicas (este também disponível como opcional para os outros modelos). A transmissão standard era a Synchro-Silent (manual de três velocidades), mas estavam disponíveis a Power-Flite (automática de duas velocidades) e a Torque-Flite (automática de três velocidades), ambas operadas por meio de botões. Além disso, o modelo desse ano contava com vários itens opcionais, como: overdrive, freios e direção assistidos, vidros elétricos, ar condicionado, alto-falante para o banco traseiro, relógio elétrico com contador de segundos, painel de instrumentos e quebra-sóis acolchoados, pneus com perfil branco, entre outros.
A miniatura feita pela ERTL é do modelo de 1958, e é de tiragem limitada a 9996 unidades (se é que dá para chamar isso de limitado). O meu é o número 7041. Para um modelo lançado em 2001 e na linha regular da ERTL ele é uma boa miniatura. Tive até a impressão que nessa miniatura a marca se preparava para lançar modelos mais elaborados, com mais atenção aos detalhes, como mais tarde veríamos o belo trabalho nos Authentics. É claro que essa miniatura está longe de um Authentics, mas bastante tinta foi usada para ressaltar detalhes, como se nota no interior, no belo motor todo cabeado, e principalmente na parte de baixo.
Se por um lado alguns detalhes são atraentes (como as proporções, escala, interior, motor, parte de baixo e aquele friso lateral dourado texturizado), por outro a marca peca como de costume no acabamento e uso de materiais. Isso faz com que seja uma miniatura com coisas bem interessantes, mas também alguns pontos muito fracos (aqui os principais são: a pintura, inserções de partes na carroceria, vidros, encaixe das portas e os cromados frágeis). Mas no geral é um bonito carrinho, e o melhor Fury em 1:18 até o momento.
Qualidade geral da carroceria, escala e proporções:
Pelas minhas medições a mini é mesmo 1:18 e suas proporções são muito boas. Os frisos da carroceria não estão perfeitamente alinhados, como se nota com facilidade ao olhar para as portas. A parte interna dos frisos, dourada no Fury, foi feita de forma bastante realística, inclusive com a textura adequada.
Apesar dessa avaliação conter um quesito separado para as aberturas, as portas merecem ser comentadas aqui, uma vez que o espaço excessivo deixado por elas afeta o conjunto da carroceria.
Outro ponto não muito bom é o encaixe dos frisos superiores dos "rabos de peixe", que apresenta espaços que não deveriam existir.
Nessa miniatura foram colocadas "saias" tapando as rodas traseiras. Isso parece ser um erro uma vez que esses itens não estavam disponíveis como opcional de fábrica, até onde eu sei. No entanto, muitos Plymouth Fury de 1958 usam essas saias. Então não vejo problema em se colocar um acessório bastante difundido, mesmo não sendo original. Com certeza a ERTL se baseou em um desses carros com saia para fazer o molde. Ainda sobre os pára-lamas traseiros o fabricante esqueceu de por um pequeno detalhe cromado na parte anterior dos mesmos.
Pintura:
Essa é talvez a parte mais negativa da miniatura. Muita casca de laranja, principalmente no capô, e em vários pontos se nota rugosidades. A cor do Plymouth Fury para 1958 era Buckskin Beige (algo próximo ao café com leite). A cor da miniatura deveria ser mais escura, pois está mais para marfim. O interessante é que não vi nenhum fabricante de miniatura desse carro que tenha acertado a tonalidade correta.
Cromados:
Os cromados têm uma tonalidade razoavelmente boa. Nada daqueles cromados esbranquiçados das miniaturas "populares". Mas apresentam-se frágeis, e algumas arestas já sofreram fissuras.
Símbolos, decalques e nomes aplicados:
O ornamento dianteiro é muito bom, com a inscrição Plymouth perfeitamente aplicada. Logo abaixo desse temos o "V" clássico que é uma peça cromada separada. A inscrição "Fury" nas laterais, bem como o "Plymouth" na tampa do porta-malas, são apenas tampos em tinta acinzentada. A placa, na traseira, é um adesivo sobre uma base cromada.
Faróis e luzes:
Os faróis são convincentes, mas têm pinos de fixação. Na traseira as lanternas foram até bem reproduzidas, apesar de serem um pouco menores do que deveriam. Quanto à luz de ré nem há o que comentar, pois é apenas uma concavidade no pára-choque.
Vidros, limpadores de pára-brisa, retrovisores externos e antena:
Os vidros são bem transparentes, mas apresentam distorção visual absurda. Felizmente se trata de um modelo "hardtop" onde não se usou vidros laterias. Caso contrário seria difícil de saber as formas das coisas no interior da miniatura.
Os limpadores de pára-brisa são peças simples, mas corretamente posicionados. Os retrovisores eu chamaria de caricatura do que deveriam ser. São peças compactas fixadas de forma não muito cuidadosa na carroceria.
As antenas são duas, posicionadas na traseira do carro. Na miniatura foram representadas levantadas apenas até à metade. No meu modelo, uma das antenas é um pouco inclinada para o lado. A espessura, apesar de não ser tão exagerada como as famosas "antenas de cabo de vassoura", ainda excede o que seria ideal.
Grades e tomadas de ar:
A grade dianteira não é vazada, mas os espaços foram preenchidos com tinta preta, o que deu um bom resultado. Além dessa há a grade em frente ao pára-brisa, que da mesma forma tem o que deveria ser vazado pintado de preto.
Portas e aberturas:
As portas têm dobradiças do tipo "perna de cachorro". O encaixe das mesmas deixa um espaço assombroso. Já o encaixe do capô e da tampa do porta-malas é bastante bom. Por falar em porta-malas, aqui está uma vantagem deste Fury frente aos outros da própria ERTL: ele abre o porta-malas. Até agora, de todos os modelos de Fury e Belvedere (irmão gêmeo daquele) lançados pela ERTL, apenas este e a "Christine" (miniatura do filme de Stephen King) têm porta-malas funcional. Nos outros, apesar da tampa ser uma peça separada, ela está selada e provavelmente não haja acabamento interno.
Rodas, pneus e freios:
As rodas são boas, com calotas douradas que fazem parte da mesma peça. Assim como na grade, o que deveria ser vazado foi pintado de preto, e o resultado não ficou tão ruim não.
Os Pneus são de borracha e sem marcação. Os freios são simples peças de plástico imitando tambores.
Motor:
Já estava na hora de uma coisa realmente boa. O motor é muito legal: todo cabeado e com mangueiras, representa bastante bem o "Golden Commando" de 350 pol³. Há até a bolsa de água do pára-brisa e as buzinas na frente do radiador. Foi feito um belo trabalho nessa parte da miniatura.
Interior:
O interior é bastante fiel ao carro original. Os bancos, que são basculantes, receberam pintura para imitar o padrão do tecido. No forro das portas a falta verdadeira é a ausência do detalhe em alumínio que deveria estar lá, mas de resto ele foi bem representado.
Gostei bastante do painel, na cor certa e com o contorno dos mostradores destacado. Apenas reclamo do espelho retrovisor, que deveria ser marrom, mas em vez disso é cromado, e dos botões do câmbio automático, que estão lá, mas não foram pintados. O volante, que é funcional, foi pintado em dois tons mais o detalhe cromado.
O forro do teto foi reproduzido, mas é de plástico duro e em alguns pontos apresenta os "rebites" de fixação. Os quebra-sóis fazem parte dessa peça apenas como um relevo.
No porta-malas novamente a tinta dá o destaque para simular uma forração. Nele temos o estepe e vemos também o duto do tanque da combustível.
O interior é bem interessante para uma miniatura dessa categoria. Se o assoalho recebesse carpete ficaria melhor ainda.
Suspensão, parte inferior e escapamento:
Outra coisa que gostei foi a parte de baixo da miniatura. Há destaque para o bloco do motor e cárter (com detalhes em dourado), para o escapamento duplo pintado, que apenas não é muito escavado, além dos amortecedores traseiros em azul.
A suspensão não é funcional.

terça-feira, 17 de março de 2009

O que mais tem pra me dizer?


Olá rapaz, já casou?
E o casório?
Vai enrolar a menina até quando?
Putz, será que não existe outro papo?
Ninguém sabe o que se passa entre nós, por isso não suporto essas cobranças de gente que nem sabe como rola nosso relacionamento!
Até acho legal que exista um torcida pra o casamento, mas quando se torna uma cobrança social e rotulada, fica complicado.
Com certeza o casamento é um sonho pra mim, mas só a Quel e eu sabemos quando será possível.
Se alguém estiver lendo este texto, se toca!

sábado, 14 de março de 2009

Um filme chamado vida.


Se existe um filme sem rótulo, certamente este filme todos nós conhecemos de dentro pra fora, pois fazemos parte dele todos os dias, apesar que alguma pessoas preferem fechar os olhos para esta dura realidade, dura, nem tanto o caso é que pra enfrentar de frente os perigos deste filme não existe dublê.
Nos dias que passaram, o filme teve um ar triste com algumas "perdas" pessoais e muitas frustrações.
hoje o filme está mais leve, melhor de ver pra quem está de fora e em especial pra mim.

quinta-feira, 12 de março de 2009

O grande Pensador.


Um dos maiores nomes do rap e pop brasileiro, Gabriel diferenciou-se de boa parte de seus pares (e chegou a ser criticado por eles) por ser garoto branco de classe-média. Mas desde o começo fez das letras de crítica social e moral, como acontece na música rap.
Filho da jornalista Belisa Ribeiro, ele apareceu no fim de 1992, quando ainda era estudante de
Comunicação Social na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, com a música "Tô Feliz (Matei o Presidente)". O personagem da letra era Fernando Collor de Mello, que tinha acabado de renunciar ao cargo frente a um processo de impeachment (e de quem Belisa tinha sido assessora).
Contratado pela
Sony Music por causa do sucesso da música (ainda que censurada), Gabriel lançou em 1993 seu primeiro e homônimo disco (Gabriel o Pensador), que ganhou as rádios com as ácidas, porém divertidas, "Lôraburra" e "Retrato de um Playboy", além de "Lavagem Cerebral".
Em
1995, lançou o álbum Ainda É Só o Começo, que provocou polêmica com as músicas "Estudo Errado" e "FDP³", mas não repetiu o sucesso do primeiro álbum.
Dois anos depois, Gabriel voltou à carga com a irreverente e pop "2345meia78", que seria a primeira faixa de trabalho do disco
Quebra-Cabeça. "Cachimbo da Paz" (com participação de Lulu Santos) e "Festa da Música" estouraram depois, levando o CD a ultrapassar a marca do um milhão de cópias vendidas. Há também a canção "+ 1 Dose", baseada na canção "Por Que a Gente é Assim?", do Barão Vermelho, com a participação da banda.
Com o sucesso em
Portugal, e após ser a atração escolhida pela banda irlandesa U2 para fazer a abertura de seus shows brasileiros em 1998, Gabriel deu prosseguimento aos seus trabalhos com o disco Nádegas a Declarar, lançado no fim de 1999. O disco, entre outras canções, contava com os sucessos "Tô Vazando", "Cachorrada" e "Astronauta", outra parceria com Lulu Santos. Há também as participações especiais de Fernanda Abreu na faixa-título e de Daniel Gonzaga, filho do cantor Gonzaguinha, na canção "Nâo Dá Pra Ser Feliz", recriada a partir de "Guerreiro Menino (Um Homem Também Chora", composição de Gonzaguinha gravada com sucesso por Raimundo Fagner.
Em
2001, Gabriel lançou seu quinto disco, Seja Você Mesmo Mas Não Seja Sempre o Mesmo, que contou com músicas como "Se Liga Aí" e "Até Quando", e participações especiais como Digão, guitarrista dos Raimundos, em "Tem Alguém Aí", e o cantor Lenine, em "Brasa".
Em
2003, Gabriel lança em CD e DVD, o show MTV ao Vivo, com os seus maiores sucessos, como "Lôraburra", "Festa da Música" e "Cachimbo da Paz", as canções inéditas "Retrato de Um Playboy, Parte 2", "Mandei Avisar" e "Cara Feia", com participações especiais de Lulu Santos ("Astronauta"), Ana Lima, esposa do cantor ("FDP³") e dos Titãs ("Cara Feia").
Cavaleiro Andante foi o sétimo disco de Gabriel, o Pensador, lançado em 2005. No novo trabalho, o rapper recriou "Pais e Filhos", sucesso da Legião Urbana, em "Palavras Repetidas", apresentando ainda mais dez composições marcadas por suas letras fortes e elaboradas. "Tudo na Mente", "Sem Neurose" e "Tempestade" são outros destaques do CD.[1]
É casado com a atriz e cantora Ana Lima e tem dois filhos, Tom (em homenagem a Tom Jobim) e Davi. Gabriel foi jurado da segunda edição do concurso Soletrando, do programa Caldeirão do Huck, na Rede Globo

O Resto do Mundo. (Gabriel o Pensador)


Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar numa favela
Eu me chamo de excluido como alguém me chamou
Mas pode me chamar do que quiser seu dotô
Eu num tenho nome
Eu num tenho identidade
Eu num tenho nem certeza se eu sou gente de verdade
Eu num tenho nada
Mas gostaria de ter
Aproveita seu dotô e dá um trocado pra eu comer...
Eu gostaria de ter um pingo de orgulho
Mas isso é impossivel pra quem come o entulho
Misturado com os ratos e com as baratas
E com o papel higiênico usado
Nas latas de lixo
Eu vivo como um bicho ou pior que isso
Eu sou o resto
O resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou... Eu num sou ninguém
Eu tô com fome
Tenho que me alimentar
Eu posso num ter nome mas o estômago tá lá
Por isso eu tenho que ser cara-de-pau
Ou eu peço dinheiro ou fico aqui passando mal
Tenho que me rebaixar a esse ponto porque a necessidade é maior do que a moral
Eu sou sujo eu sou feio eu sou anti-social
Eu num posso aparecer na foto do cartão postal
Porque pro rico e pro turista eu sou poluição
Sei que sou um brasileiro
Mas eu não sou cidadão
Eu não tenho dignidade ou um teto pra morar
E o meu banheiro é a rua
E sem papel pra me limpar
Honra?
Não tenho
Eu já nasci sem ela
E o meu sonho é morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar numa favela
A minha vida é um pesadelo e eu não consigo acordar
E eu não tenho perspectivas de sair do lugar
A minha sina é suportar viver abaixo do chão
E ser um resto solitário esquecido na multidão
Eu sou o resto
O resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou o resto do mundo
Eu num sou ninguém
Eu num sou nada
Eu num sou gente
Eu sou o resto do mundo
u sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou o resto
Eu num sou ninguém
Frustração
É o resumo do meu ser
Eu sou filho da miséria e o meu castigo é viver
Eu vejo gente nascendo com a vida ganha e eu não tenho uma chance
Deus! Me diga por quê?
Eu sei que a maioria do Brasil é pobre
Mas eu num chego a ser pobre eu sou podre!
Um fracassado
Mas não fui eu que fracassei
Porque eu num pude tentar
Então que culpa eu terei
Quando eu me revoltar quebrar, queimar, matar
Não tenho nada a perder
Meu dia vai chegar
Será que vai chegar?
Mas por enquanto
Eu sou o resto
O resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou o resto do mundo
Eu num sou ninguém
Eu num sou nada
Eu num sou gente
Eu sou o resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou o resto
Eu num sou ninguém
Eu num sou registrado
Eu num sou batizado
Eu num sou civilizado
Eu num sou filho do Senhor
Eu num sou computado
Eu num sou consultado
Eu num sou vacinado
Contribuinte eu num sou
Eu num sou comemorado
Eu num sou considerado
Eu num sou empregado
Eu num sou consumidor
Eu num sou amado
Eu num sou respeitado
Eu num sou perdoado
E também sou pecador
Eu num sou representado por ninguém
Eu num sou apresentado pra ninguém
Eu num sou convidado de ninguém
E eu num posso ser visitado por ninguém
Além da minha triste sobrevivência eu tento entender a razão da minha existência
Por quê que eu nasci?
Por quê tô aqui?
Um penetra no inferno sem lugar pra fugir
Vivo na solidão mas não tenho privacidade
E não conheço a sensação de ter um lar de verdade
Eu sei que eu não tenho ninguém pra dividir o barraco comigo
Mas eu queria morar numa favela amigo
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar numa favela.

Sou parecido com o Mr. Bean.






















Todos dizem que sou a cara do Mr. Bean, na verdade eles têm razão, mas isso é motivo de orgulho pra mim, pois ao meu ver é um dos melhores humoristas do Mundo, algo que é realmente a minha cara.
O cara nem precisa falar que já faz todos morrerem de tanto rir, eita talento invejável.
Sem falar naquele carrinho dele que é a minha cara!
Podem me chamar de Mr. Bean sempre, uma honra pra mim.