terça-feira, 24 de março de 2015

RicTerapia Na Folha Da Manhã.



Paula Vigneron
Foto: Divulgação
“Acredito que o humor já nasça com a gente, mas nós podemos aperfeiçoá-lo”. O humorista Ricardo Lopes, que desde 2012 comanda um web programa semanal chamado RicTerapia, percebeu sua vocação para a área ainda na juventude, entre amigos e pessoas próximas. Mas, aos 30 anos de idade, ao ingressar em um curso de teatro, resolveu unir a arte e o humor para dar origem às suas criações.
— Sempre tive ligação com humor, uma veia cômica. Fazia piada, brincava com as pessoas. Inicialmente, não tinha ligação artística. Aí entrei no teatro em 2010. Lá, você aprende postura, a trabalhar com voz, a falar com o público — comentou Ricardo. 
Mas a ideia para trabalhar com humor, por meio da RicTerapia, surgiria somente dois anos depois, em um dia em que o ator caminhava pelo Jardim São Benedito.

— Por que não mostrar minha veia cômica a partir do que aprendi no teatro? pensei. Então, comecei a fazer vídeos, no dia 12 de julho de 2012, como se fossem cartões de visita. Fiz uma combinação com meu nome e a palavra “terapia”. Desde então, foram 137 episódios. Faço um humor mais abrangente, falando de tudo, mas não me envolvo em certas polêmicas, como política — contou o humorista.
Nos primeiros episódios do RicTerapia, os vídeos eram postados mensalmente no YouTube. Atualmente, todos os sábados, Ricardo produz e divulga novos trabalhos. “Estou pensando em fazer quinzenalmente para trabalhar com material elaborado”, destacou.
O tema abordado a cada novo episódio é escolhido a partir da atualidade.

— No primeiro vídeo, contestei os ditados populares. O segundo foi sobre um cara que tem um Chevette e quer provar que o carro é bom. Esse foi baseado em mim. Aí entra o Stand-Up Comedy, que é tirar coisas interessantes do cotidiano. Costumo dizer que tenho excesso de criatividade — brincou, ressaltando que existem temas com prazo específico para serem usados, como a experiência com cães da raça Beagle, que ficou em evidência no ano de 2013, e assuntos atemporais.
A decisão de unir atuação com humor foi confirmada a partir da reação positiva dos ouvintes quando Ricardo fazia, mesmo de forma intencional, piadas. E as situações aconteciam não apenas no palco, mas em diversos locais.
— Eu pensava na piada, soltava, e as pessoas riam. Esse foi o termômetro que me ajudou. Fiz comédia no teatro, mas fiz muitas peças de Nelson Rodrigues — ressaltou.
A experiência de Ricardo com trabalhos humorísticos, atualmente, é concentrado nos vídeos produzidos para o seu canal virtual.
— Apresentação, até agora, fiz apenas uma, em uma festa de aniversário, sem esperar. Pedi o microfone e me deram. O povo gostou. Recebi até um cachezinho — brincou. “Eu queria, na verdade, fazer teste de plateia para ver a reação”, explicou.

Nenhum comentário: